sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Combatendo o bom combate


Cheguei num momento da  vida que dei conta de que não preciso provar a todo momento quem sou,  que não preciso acumular troféus e honrarias, isso se esquece com o tempo. A única coisa que não posso é  acostumar com os meus defeitos e torná-los parte de mim, não importa o número de defeitos que tenho o que importa é como  vou lhe dar com eles e como está o meu esforço para transformá-los em qualidades. Não adianta me justificar para os outros, porque sei que a minha felicidade só depende do que eu sei sobre mim. Com o passar do tempo o que vai me tornar realmente feliz é saber que não fui vencida pelas coisas ruins da vida, que eu amei na hora certa, que eu perdoei na hora certa, que fui fiel a mim e aos meus princípios.
No fim, vou poder olhar e dizer: Vim, ví e venci.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ana, Pedro e o mar...




Esperado, desejado, gerado,
sorriso fácil e largo agora reluz,
ilumina tudo ao seu redor.
Sensações, modificações
e o amor transborda, estende, preenche.
Tudo completo, tudo se completa.
Ela olha o mar e sorri.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um país chamado Japão

Experiência única, é assim que eu defino os 455 dias em que morei na terra do sol nascente. País em total desenvolvimento, onde o velho e o novo convivem no mesmo espaço sem perder a beleza e sobretudo a importância. Templos antigos, castelos da época dos samurais dividem a atenção com grandes arranha-céus, viadutos e trens bala, mesmo assim, fazem questão de manter viva a memória dos seus ancestrais. Sempre nas minhas folgas pesquisava um lugar para conhecer, uma comida pra experimentar e consegui equilibrar o trabalho com a oportunidade de estar morando num país tão rico culturalmente. Aprendi e exercitei o meu lado espiritual,  ser mais tolerante, cumprir horários,  tentar  equilibrar meus sentimentos e sobretudo a valorizar as pessoas que, como eu, deixaram família e filhos em busca de uma vida melhor. Estava lá quando a crise afetou em cheio o país, triste ver famílias sem lugar pra morar, dependendo unicamente da solidariedade de quem ainda tinha alguma condição de ajudar, triste ver sonhos não se realizando. Procuro guardar só o que foi bom, mesmo sabendo que é também nas dificuldades que se escondem grandes ensinamentos. 


Castelo de Osaka , originariamente denominado como Ozakajo, é um dos castelos mais famosos do país, tendo desempenhado um importante papel nas lutas de unificação durante o Período Azuchi-Momoyama, no século XVI. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Osaka)




Eihei-ji é um dois dois principais templos da escola Sōtō de Zen Budismo (o outro sendo Soji-ji). Seu fundador foi Eihei Dōgen (1244). Eihei-ji está localizado a cerca de 10 km ao leste de Fukui, Japão.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Eihei-ji)




Diversidade. (Kamimaezu -Nagoya)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos.

Me enviaram esse texto há alguns dias. Ele me fez refletir sobre vários aspectos e, dentre tantos, o que me chamou atenção foi o quanto queremos ser donos das pessoas. Não entender que cada ser é único, portanto essencial, com suas falhas e acertos. Busquemos o respeito sempre. Tenham uma boa leitura!




"A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar. A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade.
Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade.
Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo.
Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. A santidade começa na autenticidade.
Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si.
Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos.
Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites.
A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança. O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.
Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado. Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz. O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz!"
(Fonte: Comunidade Transforme em Jardins \ Autor: Pe. Fábio de Melo)


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mudanças...


Mudanças são inevitáveis, mas mudar de dentro pra fora é bem complicado. Eliminar sentimentos mesquinhos, tentar, errar, tentar e finalmente acertar. Vez ou outra me pego pensando mal de alguém, falando mais do que devia, alimentando ódios, vivendo a mentira que me contaram sem nem ao menos procurar a verdade. Às vezes me canso, canso das conversas, canso das pessoas, canso dos lugares, tem dias que quero ficar sozinha, presa no meu mundinho, cheia de incertezas e indagações. Se isso é certo não sei, chego a me odiar por isso, queria  ser tudo o que às vezes a minha boca professa, queria ser bem mais amiga, mais companheira, mais mansa. O que me tranquiliza é saber que sou um ser inacabado, não procuro a perfeição, procuro ser uma extensão de tudo o que há de melhor em mim.